- Movimento artístico conhecido
como NEOCLASSICISMO;
- Retorno à Mitologia Grega.
O nome vem de Arcádia (lar do Deus Pan)
- Valorização do ambiente
pastoreio (figura do pastor imerso na natureza)
- Características: busca pela
simplicidade, tranqüilidade, razão, beleza, singeleza;
- Caráter reformista, fim da
aristocracia, pensamento científico.
Na Literatura: Tipos de
Textos:
- Poético: Preocupa-se com a
natureza, o ambiente pastoreio, a mitologia grega (beleza);
- Ideológico: Preocupa-se em
criticar os abusos da aristocracia (visão social);
- Principal Representante:
Cláudio Manoel da Costa
OBRAS:
Place des Voges (Paris): observar a presença da natureza, das formas geométricas e das linhas na arquitetura. |
"Beijo de Eros e Psiquê" de Cânova: observe a suavidade da silhueta e a expressão (ou falta de) no rosto de Eros. |
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Se sou pobre pastor, se não governo
Reinos, nações, províncias, mundo e gentes;
Se em frio, calma e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno;
Reinos, nações, províncias, mundo e gentes;
Se em frio, calma e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno;
Nem por isso trocara o abrigo terno
Dessa choça, em que vivo, co’as enchentes
Dessa grande fortuna: assaz presentes
Tenho as paixões desse tormento eterno,
Dessa choça, em que vivo, co’as enchentes
Dessa grande fortuna: assaz presentes
Tenho as paixões desse tormento eterno,
Adorar as traições, amor e engano,
Ouvir dos lastimosos o gemido,
Passar aflito o dia, mês e o ano.
Ouvir dos lastimosos o gemido,
Passar aflito o dia, mês e o ano.
Seja embora prazer; que ao meu ouvido
Soe melhor a voz do desengano
Que da torpe lisonja o infame ruído.
(Claudio
Manoel da Costa)
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Para
cantar de amor tenros cuidados,
Tomo entre vós, ó montes, o instrumento;
Ouvi pois o meu fúnebre lamento;
Se é, que de compaixão sois animados:
Já vós vistes, que aos ecos magoados
Do trácio Orfeu parava o mesmo vento;
Da lira de Anfião ao doce acento
Se viram os rochedos abalados.
Bem sei, que de outros gênios o Destino,
Para cingir de Apolo a verde rama,
Lhes influiu na lira estro divino:
O canto, pois, que a minha voz derrama,
Porque ao menos o entoa um peregrino,
Se faz digno entre vós também de fama.
Tomo entre vós, ó montes, o instrumento;
Ouvi pois o meu fúnebre lamento;
Se é, que de compaixão sois animados:
Já vós vistes, que aos ecos magoados
Do trácio Orfeu parava o mesmo vento;
Da lira de Anfião ao doce acento
Se viram os rochedos abalados.
Bem sei, que de outros gênios o Destino,
Para cingir de Apolo a verde rama,
Lhes influiu na lira estro divino:
O canto, pois, que a minha voz derrama,
Porque ao menos o entoa um peregrino,
Se faz digno entre vós também de fama.
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Sou pastor;
não te nego; os meus montados
São esses, que aí vês; vivo contente
Ao trazer entre a relva florescente
A doce companhia dos meus gados;
Ali me ouvem os troncos namorados,
Em que se transformou a antiga gente;
Qualquer deles o seu estrago sente;
Como eu sinto também os meus cuidados.
Vós, ó troncos, (lhes digo) que algum dia
Firmes vos contemplastes, e seguros
Nos braços de uma bela companhia;
Consolai-vos comigo, ó troncos duros;
Que eu alegre algum tempo assim me via;
E hoje os tratos de Amor choro perjuros.
São esses, que aí vês; vivo contente
Ao trazer entre a relva florescente
A doce companhia dos meus gados;
Ali me ouvem os troncos namorados,
Em que se transformou a antiga gente;
Qualquer deles o seu estrago sente;
Como eu sinto também os meus cuidados.
Vós, ó troncos, (lhes digo) que algum dia
Firmes vos contemplastes, e seguros
Nos braços de uma bela companhia;
Consolai-vos comigo, ó troncos duros;
Que eu alegre algum tempo assim me via;
E hoje os tratos de Amor choro perjuros.
Cláudio Manoel
da Costa
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