terça-feira, 20 de agosto de 2019

HUMANISMO E CLASSICISMO


TEXTOS TRABALHADOS:

TEXTO 1:
Comigo me desavim
Sou posto em todo perigo
Não posso viver comigo
Não posso fugir de mim

Com dor da gente fugia
Antes que essa assi crescesse;
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse

Que meio espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo,
Tamanho imigo de mim?

Autor: Sá de Miranda

TEXTO 2:

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor
Camões

TEXTO 3:
“Ó meu amor! querida esposa! A morte que sugou todo o mel de teu doce hálito poder não teve em tua formosura. Não; conquistada ainda não foste; a insígnia da beleza em teus lábios e nas faces ainda está carmesim, não tendo feito progresso o pálido pendão da morte.”
Willian Shakespeare (Romeu e Julieta)

TEXTO 4:
Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e flechas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provocaçoes
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.

Trecho de “Hamlet” de Shakespeare


TEXTO 5:
Mas ó tu, terra de glória.
S'eu nunca vi tua essencia,
Como me lembras na
Como me lembras na
Como me lembras na ausencia?
Não me lembras na memoria,
Senão na
Não me lembras na memoria,
Senão na
Não me lembras na memoria,
Senão na reminiscencia:
Que a alma
Que a alma é taboa rasa,
Que com a escrita doutrina
Celeste tanto imagina,
Que vôa da propria casa,
E sobe á
E sobe á patria divina.
Trecho de “Babel e Sião” de Camões







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